Redação GameCoin
Como na cadeia alimentar o mais forte come o mais fraco. No mundo dos games as distribuidoras mais famosas abocanham maior fatia do mercado, mesmo com o ganho de espaço dos estúdios independentes. Com isso, boas idéias e excelentes games lançados na mesma época que os peso-pesados correm o risco de caírem no ostracismo injustamente. Até jogos competentes com selos famosos não estão a salvo.
Foi o que aconteceu com SiN Episodes: Emergence, de 2006, publicado pela Ritual Entertainment. O game é continuação do título lançado em 1998, no qual o personagem John Blade, deve combater o império SinTEK. Para a época, os recursos gráficos eram de ótima qualidade, graças à utilização do engine gráfico Source, que ficou famoso por ser o motor de Half-Life 2.
Assim como se podia fazer no clássico da Valve, o jogador tinha o poder de destruir muito do que estava desenhado na tela, o que o tornava um game sofisticado para aquele distante ano de 2006. Outro ponto interessante do game era sua inteligência artificial, com NPCs capazes de antecipar algumas das ações do jogador, o que dava mais desafio à trama. Até os menus seguiam o padrão do kit de desenvolvimento de Half-Life 2. Quando se carrega o game, a primeira impressão que se tem é de ter executado o arquivo de H-L2.
Recentemente reinstalamos SiN Episodes e ficamos impressionados como ele ainda é divertido, mesmo que seus gráficos denunciem sua idade. Mas a ação frenética presente durante toda a trama compensa as limitações estéticas. Com diálogos curtos e sem rodeios, o jogador não tem dificuldade para entender a historinha que justifica os acontecimentos e cenários percorridos.
O grande vilão de SiN Episodes: Emergence foi a Valve, que pouco mais de 20 dias depois do lançamento pôs no mercado o Half-Life 2: Episode 1. Rapidamente, HL tornou-se o único assunto pautado por jogadores e imprensa especializada. Doutor Freeman nunca foi o santo que todos acreditavam!