Marcelo Jabulas | @mjabulas – Na segunda metade dos anos 1980, a Lucasfilm Games (atual Lucas Arts) ganhou notoriedade com o motor gráfico Script Creation Utility for Maniac Mansion (SCUMM). Depois do bom desempenho de “Maniac Mansion”, a produtora passou a desenvolver diferentes jogos com a engine, entre eles “The Secret of Monkey Island”, publicado em outubro de 1990.
Agora, 32 anos depois, chega ao mercado “Return to Monkey Island”, que traz de volta o pirata Guybrush Threepwood em uma nova aventura rumo a misteriosa Ilha dos Macacos. Novamente dirigido pelo genial Ron Gilbert, o game chega para Windows, Mac e Nintendo Switch, por R$ 65.
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Desenvolvido pela Terrible Toybox e com Distribuição da Devolver Digital, o game tem estio cartunesco, que relembra aquelas animações com estética de dobraduras. O game reproduz com fidelidade os cenários dos dois primeiros jogos da série.
A abertura inclusive é uma homenagem ao jogo original. Cores, tipologia e até mesmo a trilha sonora foram retiradas do jogo de 1990. Os enquadramentos também respeitam a estética do primeiro jogo da franquia.
O jogador revisita cenários do game original e o Guybrush tece comentários sobre o que mudou desde a primeira aventura, como por exemplo a liquidação da loja de voodoo, assim como o estado deplorável do Scumm Bar.
Personagens dos primeiro jogo também estão presentes, como a feiticeira, o vendedor de barcos, o idoso da fogueira, assim como o prisioneiro e então ex-governadora Elaine Marley. Esses encontros são pontuados por piadas e lembranças da primeira aventura.
Quem não jogo o game original, pode ficar não pegar a piada. Mas para quem conhece a história, é uma coleção de citações. Vale a pena experimentar o game original, que ainda é comercializado no Steam por R$ 25. A coleção da franquia sai por R$ 52.
Enredo do novo Monkey Island
A historia tem como base as memórias de Guybrush contando para seu filho como encontrou o grande tesouro da Ilha dos Macacos. Nessa aventura, novamente o pirata e o vilão LeChuck (um pirata fantasma e sua tripulação de zumbis) retornam a ilha.
Mas para chegar lá o jogador precisa desvendar charadas, quebra-cabeças, combinar elementos, como era feito há 32 anos.
Jogabilidade de Return to Monkey Island
A Jogabilidade “Return to Monkey Island” segue o mesmo padrão dos games de estilo Adventure. A diferença é que não existe mais a mosquinha do mouse. O jogador pode utilizar os analógicos para percorrer os cenário e acessar os elementos interativos.
No Switch Lite a experiência é interessante. Afinal, a grande maioria dos games do gênero eram exibidos em monitores de pelo menos 14 polegadas. Na telinha do portátil da Big N, as vistas cansadas podem sofrer um pouco, mas a praticidade de jogar no sofá, no avião, no Uber é bem mais legal que ficar curvado diante do monitor.
Um lance legal é que os combates de espada seguem o mesmo padrão do jogo original. Nesses duelos, não se vence quem é o mais rápido nos comandos. Mas o jogador que é mais perspicaz nas respostas impostas pelos adversários. É uma batalha de frases de efeito.
Palavra final
“Return to Monkey Island” é um excelente game para jogar no PC ou no Mac, mas é uma delícia no Nintendo Switch, pois é possível carregar a aventura na mochila e jogar um pouquinho sempre que sobra um tempinho. Vale cada centavo.