Xbox Series X e Series S estreiam partindo de R$ 2,8 mil

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Marcelo Jabulas | @mjabulas – A Microsoft finalmente lança hoje (10) a nova geração do Xbox, com um meta ambiciosa de superar a rival Sony, com o Playstation. Para isso, a marca do Windows adotou uma estratégia de lançar ao mesmo tempo duas versões do Xbox: a Series X e a Series S. Em tese, são o mesmo aparelho e rodam os mesmos jogos, mas na prática há diferenças significativas. Mas qual escolher?

O primeiro é um monólito com o maior poder de processamento já visto num console. São 12 teraflops de processamento gráfico, que significa a capacidade de cálculos matemáticos por segundo. Ele conta com processador AMD Zen 2 de 3.8 GHz e 16 núcleos, além de 16GB de RAM e SSD de 1TB. Isso tudo quer dizer o Series X pode rodar games em 4K a 60 fps e games que podem ir a até 120 quadros por segundo. Ele é o estado da arte em matéria de console.

Já o Series S tem um hardware mais simples. Seu processador é o mesmo AMD Zen 2, mas com 3,6 GHz. Além disso sua GPU, placa gráfica, entrega apenas 4 teraflops, menos até que o Xbox One X. Além disso, sua unidade de armazenamento é um SSD de 500GB. Ou seja, ela oferece ótimos gráficos, o mesmo joystick, acesso aos mesmos serviços, mas não entrega qualidade visual do irmão mais sofisticado.

No bolso

Mas o hardware mais simples também faz dele o mais barato dessa nova geração. Seu preço sugerido é de R$ 2,8 mil. Enquanto o Series X custa salgados 4.6 mil. Uma diferença de R$ 1.800. Para se ter uma ideia, no varejo o Xbox One X (da geração passada) é vendido entre R$ 3,2 mil e R$ 3,4 mil.

E é com esse aparelho mais barato que a Microsoft pretende fazer volume. Na geração passada a empresa lançou a versão padrão do One junto com o PS4 da Sony. Em 2016 lançou a versão One S e em 2017 estreou a One X, que era capaz de rodar jogos em 4K. Mesmo assim não conseguiu superar o rival que vendeu 110 milhões de unidades, contra cerca de 50 milhões de Xbox. Agora ela já inicia a geração com duas opções para ganhar mercado.

O preço quase um terço mais barato é um fator de compra plausível. Ainda mais quando o consumidor sabe que para extrair tudo que o Xbox Series X oferece é preciso ter um televisor de última geração ou um monitor gamer de 120 Hertz. Ou seja, para se obter o máximo de performance talvez seja preciso gastar outra bagatela numa TV nova.

Discos

O Series S por sua vez é menor, mais leve, mas peca por não contar com leitor de discos. A Microsoft já vende uma edição apenas digital do One S desde 2019 e a Sony também fará o mesmo com o PS5.

E não é de hoje que as fabricantes sonham e abolir as mídias físicas, que se tornam uma concorrência com o mercado de segunda mão e também tem custo de produção e distribuição que não existem nos formatos digitais.

Mas o leitor de discos ainda é percebido como valor pelo consumidor, mesmo que ele mesmo tenha deixado de comprar jogos em bolachinhas. Para se ter uma ideia, de 2009 para 2018 a participação da mídia física (jogo em disco) caiu de 80% para 17%. E com a pandemia, a tendência é de que a fatia tenha ficado ainda mais fina.

No entanto, o leitor de disco permite que o consumidor possa rodar seus antigos discos de Xbox (de primeira geração), Xbox 360 e Xbox One. No Series S, esses games não terão utilidade.

Bom, fato é que o novo Xbox chegou primeiro que o PS5, que só estreia daqui uma semana. As duas opções permitem fazer com que a Microsoft atenda a públicos distintos, como fez na geração 360 com as versões Ellite e Arcade: a primeira com HD e a segunda com apenas 4GB de armazenamento. Ou seja, um Xbox para o consumidor casual e outro para o gamer mais exigente.

Pra mim, qualquer um atenderia.


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