Review – Jogamos Doom Eternal: The Ancient Gods – Parte One

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Rápido, frenético e violento, DLC de Doom Eternal exige agilidade do jogador para encarar hordas infernais que não dão pausa

Marcelo Jabulas | @mjabulas – Já escrevi diversas vezes sobre a importância de Doom na indústria de games. Ele não foi o pioneiro entre os FPS, mas foi o game que norteou o caminho para os jogos de tiro. Doom Eternal estreou em março deste ano. Basicamente ele contava novamente a história de Doom II: Hell on Earth, em que as hordas demoníacas devastaram a Terra. Agora chega o primeiro episódio de The Ancient Gods, expansão em formato Stand Alone, que chegou em 20 de outubro. Ou seja, não depende do game original e nem é preciso ter finalizado para disponibilizar.

No entanto, esse DLC é uma continuação do enredo. Mas fique tranquilo, ele não revela detalhes da história de Eternal. O que fica claro e notório é que Doom Slayer (o nome moderninho para o bom e velho Doom Guy) conseguiu mandar os capetões para seu devido lugar. Para quem nunca jogou algum título da franquia, ele se apresenta como um game de tiro frenético, com elevado grau de dificuldade.

O conteúdo estreia para PC, PS4, Xbox One ao preço de R$ 72. No entanto, é gratuito para quem adquiriu a versão Deluxe de Eternal. Tanto o DLC como o game original rodarão no PS5 e Xbox Series X.

A trama tem início numa plataforma marítima, pois os demônios descobriram um caminho para retomar sua invasão. O jogador deve ir atrás de uma entidade ancestral para que ela o ajude a eliminar de vez a ameaça das criaturas do inferno. Mas todos sabemos que é algo temporário. Afinal, ainda há a segunda parte de The Ancient Gods, que chegará num futuro não muito distante.

Gameplay

O gameplay de The Ancient Gods – Part One não traz diferenças em relação à campanha original. A grande diferença é que o jogador inicia a batalha com a roda de armas completa. Ou seja, escopeta, escopeta de dois canos, fuzil, metralhadora rotativa, fuzil de plasma, canhão, besta e lança-foguetes. Todas com as melhorias que eram liberadas no game original.

Mas não pense que isso facilita as coisas. Se na campanha de Eternal a variedade de inimigos surge de forma gradativa, na expansão, logo nos primeiros instantes de jogo surge um “cardápio” completo de aberrações gigantescas, que exigem que o jogador seja rápido na seleção das armas.

No entanto, não adianta nada ter um arsenal poderoso se falta munição. Como já disse, Doom é um game rápido, com incontáveis inimigos simultâneos. Manter o gatilho pressionado é quase instintivo, ainda mais como uma variedade de monstros diante dos olhos. Alguns são eliminados com um único disparo, mas a maioria exige que se descarregue tudo.

Velha guarda

Um lance muito legal que a id e a Bethesda mantiveram foi o estilo de jogo inspirado no game original. Pontos de vida, armadura, cápsulas de poder fazem parte das vantagens que o jogador encontra pelo caminho. No entanto, são benefícios efêmeros, pois a saraivada de raios, ácidos, bolas de fogo e tiros são contínuas.

Mas cada inimigo caído conta. Desde o reboot de 2016, sempre que se elimina um inimigo, o jogador recupera um pouco de seus insumos. Um detalhe legal para quem nunca jogou é aproveitar as finalizações gloriosas. Na medida que se atinge o oponente ele fica atordoado. Nessa hora compensa pressionar o comando de arma branca para aplicar um golpe dilacerante para finalizar o inimigo. Esse tipo de abate garante mais coletáveis como pontos de armadura, pontos de vida e munição.

No entanto, a cereja bolo está na opção com vidas limitadas. Isso mesmo, igual aos games dos consoles 8 e 16 bits. Acabaram as vidas? Fim de jogo. Além de Doom, o Crash Bandicoot 4: It’s About Time também conta com essa modalidade que deixa o game ainda mais desafiador.

Visual

Graficamente o game mantém a mesma estética de Eternal e o título de 2016. Inimigos gigantescos e grotescos, cenários abertos com fundo bem trabalhados. A paisagem desoladora faz parte de toda a história. Os efeitos são muito bem elaborados e se destacam até mesmo no veterano PS4 (Fat).

O festival de atrocidades segue ainda mais requintado. São vísceras e sangue borrando toda a tela. Mas são elementos que fazem parte do universo Doom. O primeiro episódio, de 1993, chegou a ser proibido no Brasil. Mas o veto foi uma peneira furada que só aumentou o interesse pelo game, que era disponibilizado aos montes em cópias pirateadas, ainda em disquetes.

Roupa nova

Mais uma vez o jogador pode customizar “Doom Slayer”, com traje atual, assim como a armadura original, do game de 1993, assim como o Mayka Slayer. O mais legal é que esse estilo personalizado não se resume a como o jogador é visto nas partidas multiplayer, mas também nas animações inseridas na trama.

Veredicto

Mais uma vez Doom brota diante da tela para mostrar que um game dos anos 1990 consegue se modernizar e manter sua essência.


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