Tiny Toon estreou há 30 anos no NES

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TINY TOON

Marcelo Jabulas | @mjabulas – No final dos anos 1980, a Warner Bros viu que era preciso rejuvenescer a franquia “Looney Tunes”. Afinal, os desenhos de Pernalonga e sua turma estavam no mesmo formato há décadas. Daí surgiu a ideia de fazer uma versão infantil da animação, que foi batizada de “Tiny Toon”. Para este texto vou usar os nomes dos personagens em sua versão brasileira. Pois é assim que lembro deles.

Não demorou para o desenho se tornar um sucesso e a Warner se sentou com Konami para desenvolver um jogo para Perninha, Presuntinho, Plucky, Roy Corrói e banda. Assim, em 1991, a produtora japonesa apresentou o game para NES, que tinha o maior jeitão de clone de “Super Mario 3, devido aos elementos inseridos e até o fechamento das fases. Mas era um game excelente.

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Visual

Em 1991, o NES estava em seu final de carreira. A Nintendo já tinha lançado o Super NES (Super Famicom). No entanto, as técnicas e softwares de desenvolvimento evoluíram consideravelmente.

Além disso, naquela época Konami surfava na crista da onda. A produtora detinha direitos de produção de jogos com base em desenhos como “Os Simpsons” e “Tartarugas Ninja”. Assim, “Tiny Toon” recebeu tratamento esmerado e o game ficou muito bem produzido.

O visual caprichado, sem aqueles sprites que ficavam transparentes (muito comuns nos títulos do Nintendinho). Os personagens eram bem desenhados, assim como a movimentação era bem balanceada. E para completar a trilha contava com a musiquinha do desenho.

Não demorou para o game cair no gosto do público. “Tiny Toon Adventure’s” era um tradicional game de plataforma 2D. O objetivo do jogo era resgatar Lilica, a namoradinha de Perninha, que foi sequestrada por Valentino Troca-Tapa (que era uma versão infantil do Eufrazino)

Personagens

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A campanha começa com o jogador na pele do coelho, mas ele pode selecionar um companheiro para vencer as fases de cada estágio. A lista conta com Plucky, Roy e Frajuto.

Cada personagem tem sua habilidade especial:

  • Perninha pode correr e deslizar derrubando os adversários.
  • Roy é capaz de fazer o mesmo ciclone do Taz.
  • Plucky é capaz de improvisar um voo.
  • Frajuto é pode agarrar nas paredes.

 

Para trocar de personagem, o jogador precisa estourar um balão com uma esfera dentro. O jogador só volta a usar o Perninha se encontrar outro balão. Apesar de o Roy ser o mais legal, o Frajuto é o mais eficiente, pois quando se erra um pulo, ele consegue subir pela parede e poupar uma vida.

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Dificuldade de “Tiny Toon”

O jogo conquista pela simpatia. Há 30 anos todo moleque queria jogar o game que trazia os personagens fofinhos da Warner. Mas apesar de bonitinho e muito bem acabado, o game é extremamente difícil.

Para começar não há pontos de vida. O jogador pode encontrar um daqueles balões com um coração. Isso lhe garante um toque num adversário sem morrer. Mas se cair num buraco, é uma vida a menos.

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Acontece que o jogador começa sua jornada com apenas três vidas – algo que era tácito em qualquer game da época. Sinceramente acredito que deveria existir uma espécie de comissão ou conselho em que os produtores discutiam se deveriam dar mais ou menos vidas para os jogadores. Ou seja, o fim do jogo estava sempre por perto.

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Jogabilidade

“Tiny Toon” exige dedicação do jogador. Como todo game de plataforma, é preciso cruzar o cenário, pular obstáculos, assim como buracos, esquivar o derrubar inimigos e coletar consumíveis. No game, não há como atirar pedras, bolas de fogo. Para derrubar seu inimigo é preciso saltar sobre ele. Somente Roy tem a facilidade de seu ciclone. Mas é de baixa duração.

 

Cenouras

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Um ponto que o jogador deve ficar atento é com as cenouras. Elas estão espalhadas pelos mapas, como as moedas de “Super Mario”. Cada 30 tubérculos coletados dão direito a uma vida extra. O problema é que o jogador precisa trocá-las na barraca do Presuntinho, que geralmente aparece na fase intermediária de cada estágio.

Recepção

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O resultado foi tão bom, que em 1992 a Konami lançou uma versão para Super Nintendo, assim como para Game Boy. O NES ainda ganhou um terceiro título, que se passava num parque. Os games da franquia foram publicados em diferentes plataformas, como Mega Drive e PSOne.

Como jogar

Encontrar o cartucho de NES no varejo de usados não é barato. No Mercado Livre, os valores variam de R$ 120 a  R$ 380 e podem variar entre 60 pinos (Famicom) e 72 pinos (NES). Outra solução é garimpar aqueles cartuchos com centenas de jogos, mas que nunca se sabe se jogo constará ou não na lista.

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Palavra final

“Tiny Toon Adventure’s” é um game saudosista. Quem assistiu o desenho nos matinais da TV aberta certamente lembrará com saudosismo do jogo. Quem é mais jovem, no entanto, também pode ter uma boa experiência. Afinal, o game é bem produzido, tem nível de desafio elevado, sem contar que os personagens são fofinhos.


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