Marcelo Iglesias
Na década de 1980 e meados dos anos 1990, as máquinas de fliperamas se tornaram uma febre. E muito dos grandes estúdios, fabricantes de consoles e distribuidores da atualidade fizeram história com as máquinas papa fichas. E uma regra para tornar o produto de interesse das casas de fliper era oferecer títulos hipnóticos e extremamente difíceis, que inevitavelmente consumiam toneladas de fichas e enchiam os cofrinhos dos donos dos estabelecimentos, que ficavam felizes e investiam em mais máquinas. E assim, a roda dos fliperamas girava promissora.
Um desses títulos absurdos de serem finalizados era “Aero Fighter 2”, da SNK. O game era mais um que seguia o rastro de “1942” da Capcom. Com gráficos mais elaborados, graças ao sistema Neo-Geo, e a opção de escolher diversos tipos aeronaves modernas, o título iludia o jogador nas primeiras fases. Mas a medida que os estágios avançavam se tornava praticamente impossível não ter que repor as fichas para se manter em combate.
Com missões em vários pontos do mundo, o game é ridiculamente caricato. Mas o melhor é o décimo e último estágio, em que o chefão é um macaco de brinquedo gigante. E nessa hora o sujeito vira para si mesmo e pensa: “Não cheguei até aqui para ver isso!”
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