Marcelo Jabulas |@mjabulas – Games de corrida, como “Forza”, figuram num segmento que existe desde os primórdios dos videogames. No entanto, é sabido que são games que figuram em um nicho fechado, que não são tão populares como as demais modalidades.
As razões são óbvias: games de corrida podem ser extremamente complexos e pouco amigáveis, o que afasta boa parte dos jogadores. E no lado oposto, também há jogos com base em jogabilidade de fliperama que são bastante simplórios. E no meio disso tudo existe “Forza Horizon 5”, produção mais recente da franquia, que acaba de chegar para Xbox Series X/S, Xbox One e Windows.
“Horizon” inclusive, é uma ramificação de “Forza Motorsport”, que é o “Gran Turismo” do Xbox. Essa franquia paralela se tornou maior que a original, justamente por oferecer mais diversão ao jogador, sem exigir precisão cirúrgica a cada curva.
O game chegou com notas elevadas e muito se deve ao visual arrebatador da produção, que é assinada pela Playground Games. Inclusive, não há como iniciar uma análise de “FH5” sem mencionar os gráficos. Se o amigo ficou impressionado com o visual de “Dirt 5”, por exemplo, ficará boquiaberto com o novo “Forza”.
O game foi desenhado para o Xbox Series X (o console mais potente do mercado) e também para extrair o máximo das novíssimas placas gráficas dos computadores. O resultado são gráficos realistas, com efeitos de iluminação, reflexos, névoas, neblinas, sombras e poeira impressionantes. Se não bastasse, o game que se passa no México, oferece diferentes tipos de paisagens, com variações climáticas e de iluminação.
Carros de Forza H5
A série “Forza”, assim como “Need For Speed” e “Gran Turismo”, se tornaram boas vitrines para promover automóveis. Em “FH5”, o Mercedes-AMG Project One ganhou a capa. O supercarro alemão, de produção limitada, foi a sensação da marca no Salão do Automóvel de São Paulo (2018) e é um dos bólidos do jogo.
A Ford mais uma vez volta a explorar “Forza”. A atual geração do Mustang usou o jogo para se promover e agora ela adiciona o truculento Bronco no game.
Ao todo são mais de 500 modelos de diferentes categorias. Há compactos, muscle cars, superesportivos, SUVs e picapes.
Horizonte vasto
Isso porque “Forza Horizon” é um game de mundo aberto. Cada edição se passa num ponto do globo, onde acontece uma espécie de gincana da velocidade. Em “FH4”,o game se passa na Inglaterra e agora atravessa o Atlântico.
Assim, os diferentes biomas e relevos mexicanos servem de palco para as mais diferentes provas. São corridas off-road, montanhas, desertos, praias, na selva, cidade e estradas.
A jogabilidade segue o padrão de progressão dos eventos. O jogador desbloqueia novos desafios e também pode descobrir novas provas explorando o cenário.
Ao volante
O game tem estilo arcade, como “Need For Speed” e “The Crew”, isso faz dele mais fácil de jogar. Não é preciso se preocupar com tempos de marcha, tangência e demais perícias obrigatórias nos simuladores e nos simcades (games que fazem a ponte entre o simulador e o arcade).
Em um salto longo, se a carroceria girar e o carro tocar o solo com a frente de lado, ele não vai capotar, vai derrapar e dar ao jogador a chance de corrigir a trajetória. O negócio é acelerar, ficar atento à direção e tentar chegar na primeira posição.
Mas isso não significa que o game não seja desafiador. “FH5” é um game que exige dedicação do jogador para vencer as diferentes provas. Apesar de não contar com um critério físico apurado entre cada carro, há diferenças entre guiar um McLaren e um Ranger. Claro que não é algo tão sádico como um simulador (que não perdoa uma entrada de curva com marcha, esterçamento e rotação corretos), mas não é simplório.
Palavra Final
“Forza Horizon 5” é um game que atende a um imenso universo de jogadores, pois é lindo, muito bem produzido e amigável. Para quem apostou na nova geração do Xbox é uma forma de colocar o console à prova. O game parte de R$ 250, mas gratuito para assinantes Game Pass.