Banda larga limitada: o que impacta nos games?

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GAMECOIN - BANDA LARGA

Marcelo Iglesias | Redação GameCoin

A recente determinação das empresas telefônicas que implementarão limite para a internet banda larga fixa a partir de 2017 tem gerado a revolta de consumidores e entidades de defesa do consumidor que consideram (com toda razão) a mudança de regra danosa ao usuário. Acontece que ninguém faz conta do volume de dados consumidos mensalmente na banda larga fixa, mas os executivos da operadoras fazem e sabem que podem elevar receitas consideravelmente com a venda de pacotes extras, como já é feito nas operadoras de telefonia móvel. Mas como isso impacta na vida do gamer?

Atualmente o videogame está diretamente atrelado à banda larga fixa. Diversos games exigem conexão permanente, como por exemplo Tom Clancy’s: The Division que só funciona se jogador fizer login no servidor do game. Os consoles estão conectados a web à pelo menos três gerações. Em 2000, o PS2 já oferecia entrada para conexão discada.

E o volume consumido pelos gamers é gigantesco. O site estatístico Statia aponta que na América do Norte o volume de dados mensal, apenas com games em 2015, foi na ordem de 62 petabytes, Para quem não sabe um petabyte equivale a mil terabytes. Para 2016 a expectativa é que os gamers consumirão 96 petabytes mensalmente na América do Norte . No Brasil, certamente os volumes são muito menores, mas os dados dão uma mostra de quanto o mercado de games dependem da internet.

GAMECOIN - DADOS GAMES

Download

Não é surpresa para ninguém que o comércio de games em formato digital se tornou um dos principais filões da indústria de jogos. Segundo o mesmo Statia, em 2014 as vendas globais no formato digital superou o comércio de mídias físicas. Segundo portal, naquele ano 52% dos games vendidos em todo o mundo foram em formato digital. Na conta entram jogos para PC, consoles e dispositivos móveis.

GAMECOIN - MERCADO GAMES

Portais como Steam, assim como as redes Xbox Live, PSN, Google Play e iTunes são alguns exemplos desses pontos de vendas virtuais. E para se ter uma ideia do consumo, o relatório Superdata Research apontou que em setembro de 2015, as vendas globais de games em formato digital bateu o recorde de US$ 5,4 bilhões (R$ 18,7 bilhões).

O problema é que do mesmo jeito que há games com arquivos com pequenos com menos de 500 MB, há títulos que superam volumes com mais de 50 GB. Considerando que as operadoras querem adotar volumes de transferência relacionados com a velocidade de conexão de maneira escalonada, dependendo do plano contratado não dará nem para baixar um game, como é o caso do pacote Banda Larga Popular da Vivo, oferecerá apenas 10 GB de dados por mês. Afinal, há games para smartphones que consomem mais de 1 GB de espaço e só podem ser baixados em rede Wi-Fi. Imagine uma superprodução como Doom, e Rise of Tomb Rider que demandam algumas dezenas de GBs?

Voltemos ao game The Division. O título da Ubisoft demanda cerca de 30 GB  de espaço em disco. Claro que seu volume compactado para download é menor, mas mesmo assim seria necessário a franquia de pelo meses só para fazer o download, caso o usuário tenha apenas a opção do pacote mais simples, com 10 GB.

Claro que boa parte dos pacotes oferecem conexões e velocidades superiores (na teoria, claro), que vão de 2 MB à 35 MB em média. Um pacote com conexão de 15 Mbps gira oferece volumes entre 80 e 120 GB, dependendo da operadora. Mesmo assim, um game atual consumirá uma grande fatia da franquia e poderá comprometer o uso da web no restante do mês.

Se alguém quiser jogar uma partidinha de Truco, Buraco, War ou Jogo da Vida, pode me chamar inbox!!!!

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