Review: Two Point Hospital bebe na fonte dos antigos simuladores

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TWO POINT HOSPITAL

Marcelo Jabulas | @mjabulas – No final dos anos 1980, a Maxis criou um game que abriu novas perspectivas para a indústria de jogos. “Sim City” coloca o jogador na condição de prefeito. Não demorou muito para o simulador de cidades ganhar concorrência. Nos seguintes surgiram simuladores de gerenciamento de edifícios, assim como formigueiros a até planetas inteiros. “Two Point Hospital” é mais um game que bebe nessa fonte.

Sucessor espiritual do antigo “Theme Hospital” (que bebeu na fonte de “Sim City”, em 1997), o game chegou ao mercado em 2018 e agora recebe a expansão “A Stitch in Time”. No Brasil, ele se chama “Uma Costura no Tempo”, bem fiel ao nome original. Trata-se de um conteúdo em que o gerente da unidade de saúde pode abrir um hospital em diferentes períodos da história humana, incluindo o futuro.

Para isso é preciso adquirir o aparelho Ontenizador, que permite as viagens o tempo. Assim, o jogador conta também com um acervo de novos aparelhos e instalações para os hospitais. O game também insere novas doenças na “literatura médica” do jogo. 

Com versões para PC, Mac, PS4, Xbox One e Switch, seus preços variam de R$ 88 a R$ 200, dependendo da plataforma. Na Steam, a DLC custa apenas R$ 18. E uma dica, a melhor maneira de jogar games que simulam gerenciamento é nos computadores. Não há controle analógico que substitua o mouse.

Visual

“Two Point Hospital” tem a tradicional visão isométrica, em que o jogador enxerga como se fosse um tabuleiro. O estilo gráfico é caricato e simpático, Ele oferece nível de detalhamento que pode ser percebido ao ampliar o zoom. Por outro lado, o game não busca um realismo visual e também na própria história do jogo.

E há uma razão para isso. No game, as doenças são fantasiosas, como uma síndrome que o paciente chega com uma lâmpada na cabeça. Ele precisa passar por um aparelho que a troca por uma cabeça humana. Tudo isso dá leveza à brincadeira. 

Não há vísceras ou tentativa de querer “ensinar” o jogador como ser médico, como muitos games de tiro e corrida, de forma não intencional acabam fazendo. e na expansão, tudo isso fica ainda mais caricato com as bicheiras medievais e futuristas, que demandam técnicas muito peculiares

O jogo

Com ou sem DLC, “Two Point Hospital” é um daqueles games que estragam sua agenda. Ele começa despretensioso. O jogador inicia sua jornada construindo as primeiras instalações. Recepção, consultório, sala de exames, enfermaria, banheiros, sala de descanso, são algumas das instalações.

Em seguida, é aparelhar as instalações, com máquinas de refrigerantes e salgadinhos, lixeiras, secadores de mão e qualquer coisa que o amigo já tenha visto quando vai ao médico.

O jogador também precisa contratar profissionais. Médicos, enfermeiros, recepcionistas, faxineiros. Ou seja, mão de obra para as diferentes atividades da unidade de saúde. E um detalhe, profissionais menos qualificados custam menos, mas oferecem atendimento ruim e impactam na divulgação “boca a boca”.

Acontece que o game não te deixa parar. O volume de pacientes cresce de forma exponencial. E junto com eles, surgem novas doenças. Estas que demandam novos investimentos. 

A todo momento surge uma nova doença e há o início de medidas para mitigar os estragos. Quando o jogador assusta, o dia já acabou.

Palavra final

“Two Point Hospital” é um game interessante, ótimo para relaxar. O jogador literalmente se perde nos corredores de seu hospital. Apesar da forma lúdica e caricata, o jogo apresenta desafios que são impostos ao sistema de saúde. Mas no game, tudo se resolve com alguns cliques. Já aqui fora, é preciso lidar com toda a sorte e desafios como corrupção, negacionismo, fake news, receita caseira e tratamento precoce.


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