Nintendo Switch empenado! – Vale a pena comprar consoles na época de lançamento?

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Marcelo Iglesias | Redação GameCoin – O Switch já mostrou que será a tábua de salvação da Nintendo, com números superiores a 1,5 milhão de unidades nos primeiros dias de vendas. No entanto, relatos de falhas e até deformação do console (como foi publicado recentemente no Reedit) reacende uma antiga discussão: Vale a pena comprar um console novo em seu período de lançamento?

O novo problema do Switch é que ele supostamente pode se deformar se ficar muito tempo no dock para conexão com o televisor. Segundo o autor da postagem, ele praticamente não utilizou seu Switch no modo portátil, o que poderia abrir precedentes para uma queda ou pancada ter causado a deformação. O consumidor apenas disse que utilizou o console num total de 50 horas e percebeu que aparelho testava empenado. Não demorou muito para outros frequentadores do Reedit também postarem fotos de seus consoles deformados, assim como uma série de comentários relatando problemas semelhantes.

Uma das causas do problema pode ser o superaquecimento do console. Muitos consumidores relataram que o videogame da Big N esquenta muito. No entanto, quando está no dock, o jogador não perceberia o excesso de calor, que pode ser amplificado devido ao confinamento do console na base que literalmente faz um sanduíche do Switch. Por aqui, onde o aparelho tem sido vendido de forma não oficial com preços entre R$ 2.500 e R$ 3.500, o risco do console derreter como se fosse a mussarela de um sanduba é algo preocupante.

A Nintendo ainda não comentou o caso. Mas é claro que deve ter muita gente arrancando os cabelos no QG da Big N. Afinal, a possibilidade de o aparelho se deformar por uma deficiência de dissipação de calor poderia ser um desastre para o aparelhinho moderno e tão importante para os planos da marca japonesa.

Switch em alerta

Os primeiros problemas do Switch foram relatados logo no primeiro final de semana após a estreia. Na ocasião, alguns consumidores foram as redes sociais para relatar que suas unidades tinham apresentado ruídos estranhos e quando reiniciados exibiam apenas uma tela azul. A Nintendo recomendou que os aparelhos fossem levados até as lojas para substituição ou despachados para a fabricante para análise.

Não é surpresa para ninguém que uma infinidade de produtos chegam ao mercado apresentando problemas. Apesar de fabricantes terem cronogramas de ensaios que tentam simular diversas condições de uso, é certo que uma grande parte de defeitos só aparecem depois que o produto já chegou ao varejo. Com carro é assim. Basta acompanhar os noticiários e se deparar com notícias de convocações. Em janeiro o site da Auto Esporte publicou uma lista com quase 30 recalls programados até março.

Uma das teorias é que o processo de recall já está previsto dentre do plano de vendas de um produto. Isso porque as empresas são pressionados por seus acionistas a colocarem novos produtos no mercado e faltaria tempo hábil para cercar todas as falhas possíveis. Se é verdade ou não, nenhum diretor, presidente, CEO ou outro executivo se atreveria a confirmar. Mas que é claro que muitos ajustes são feitos durante a vida útil de um produto, não há como negar.

Com videogames os desdobramentos são mais brandos, devido ao fato de que geralmente as falhas de projeto ou defeitos crônicos não exporem seus consumidores a acidentes. Mas não é de se espantar ao vermos notícias de aparelhos que travam ou queimam com facilidade nos primeiros meses de mercado. Mesmo assim, a Microsoft teve que substituir cerca de 14 milhões de fontes de alimentação do Xbox 360, em 2005 por risco de incêndio.

Três Luzes Vermelhas

No entanto, um dos casos mais emblemáticos foi o episódio do “Anel Vermelho da Morte” ou “Red Ring of Death” (RRoD), que acometeu o Xbox 360 meses depois de seu lançamento em 2005. Um falha na placa mãe podia gerar um erro geral no hardware e inutilizar o aparelho.

De acordo com Peter Moore, que era presidente da divisão Xbox na época, os prejuízos com a troca de consoles defeituosos por novos foi de US$ 1,15 bilhão (R$ 3,5 bilhões). A solução foi a substituição do modelo de placa mãe, mas a Microsoft demorou para descobrir a origem do problema.

Numa ocasião em 2008, uma loja de games que fazia destrava de consoles em BH, uma imagem que chamou atenção era a quantidade consoles Xbox 360 empilhados. Enquanto o técnico soldava um chip maroto para destravar um PS2 que tinha na época, ele explicava que não paravam de chegar unidades do X360 atingidas pelo RRoD em busca de uma forma de concerta-los.

Para aqueles consumidores o prejuízo foi enorme, uma vez que a maioria dos consoles eram importados, pois pouca gente se dispôs a pagar os R$ 2.700 cobrados pela Microsoft, na versão original publicada em 2007.

PS4K

Outro fator demanda reflexão no ímpeto de comprar um console recém lançado é o preço. Quem não se lembra dos R$ 4 mil cobrados por um PS4 oficial, comercializado pela Sony em novembro de 2013? O aparelho chegou aqui custando 500% a mais em relação ao preço praticado nos Estados Unidos (US$ 179), enquanto o mercado paralelo vendia o console pela metade do preço. Na época o videogame foi apelidado de “PS4K”, num trocadilho que misturava o nome do console com seu preço oficial.

Mesmo assim, teve muita gente que embarcou nos  R$ 4 mil por temer uma possível falha crônica que poderia inutilizar o PS4. Atualmente, a Sony comercializa o PS4 Slim (que tecnicamente é idêntico ao modelo de 2013) por R$ 2.400. Já o mercado paralelo o oferece por bem mais suaves R$ 1.300, em média.

Então… Vale a pena comprar um console na data de lançamento, com preços elevadíssimos e com o risco de um sem números de falhas de projetos que podem literalmente queimar o seu dinheiro?

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