Need for Speed Unbound é mais do mesmo da EA

Compartilhe esse conteúdo

Need For Speed Unbound mistura realismo com elementos cartunescos para tentar inovar, mas não foi dessa vez

Marcelo Jabulas | @mjabulas – A Electronic Arts acaba de lançar “Need for Speed Unbound”, mais recente episódio da franquia. Mais uma vez o game aposta em corridas proibidas, nas ruas de uma grande metrópole.

CONFIRA AQUI:

Ou seja, nos últimos 20 anos, a EA repetiu o mesmo game. O que mudaram foram os gráficos. Não se pode negar que “Unbound” é bonito de se ver. Afinal, o game vem para se apresentar para o PS5 e Xbox Series X/S.

Isso sem falar que ele conta com suporte para a nova geração de placas gráficas. Ou seja, ser lindo é sua obrigação. O nível de detalhamento dos carros impressiona e há algumas referências legais.

Logo no início, o jogador é levado à primeira oficina da história. Até nisso os produtores não conseguiram ser criativos. No game de 2015 e em “Heat” o roteiro é o mesmo.

Detalhes de Need for Speed Unbound

Mas um ponto interessante é que há um Mazda Miata pintado de verde e laranja. São as cores do protótipo 787b, que venceu as 24 Horas de Le Mans em 1991. Um dos raros elementos legais desse game, mas que não é explorado.

Need for Speed Unbound
Mazda Miata com a “pintura de guerra” do lendário 787B, que doutrinou em Le Mans, no ano de 1991

Em “Unbound”, o jogador é inserido numa comunidade de corredores de rua. É a mesma lorota de “Heat”, “Payback”, “NFS (2015)”, “The Run”, “Carbon”, “Most Wanted” e “Underground”. Um pano de fundo para o jogador correr loucamente, borrifar nitro na câmara de combustão e tunar seus carros.

Nesse game, a EA deixou de utilizar atores reais ou digitalização fotorrealista. Ela optou por um estilo cartunesco dos personagens, mas mesclados com o visual realista dos cenários e carros.

Inclusive, ela adiciona efeitos de fumaças, raios, ícones de reação e outros enfeites durante a corrida. Uma estética que lembra aos games online, como “Fortnite” e similares.

Essa mistura do realista com o caricato é proposital, mas parece que foi preguiça de digitalizar os atores. No entanto, é uma maneira de justificar o surrealismo do jogo.

Falta de coerência

Esse “NFS” é surreal em vários pontos. Nos games antigos existia uma coerência entre os carros iniciais. O jogador tinha sempre opções de acesso. Fosse o BMW M3 (E30) de “Heat”, ou Mustang “Fox Body” de “Need For Speed” (2015), assim como o Fiat Punto de “Most Wanted” e até mesmo o Peugeot 206 de “Underground”, existia uma lógica na progressão.

Nesse game o jogador pode iniciar sua carreira com um Nissan Sylvia, ou um raro Dodge Charger R/T e o mais bizarro, um exótico Lamborghini Countach. E um detalhes, o game não revela dados reais de performance, mas pontuações próprias. E acredite, o Lambo toma couro do Sylvia. Não faz sentido.

Nissan Sylvia é um dos primeiros carros do game, mas você pode guiá-lo com realismo em Gran Turismo 7

No entanto, a jogabilidade é divertida. É um game legal e despretensioso. Você joga, coleciona carrinhos, troca peças e vai brincando. Não é necessário ajustar o setup do carro e nem ter noções de pilotagem para aplicar tangência correta, contra esterço, punta taco e outras manhas de pista. É só pisar e ser feliz, até o drift é moleza de fazer.

Mas são R$ 340. A dica é: procure um dos games antigos, que custam uma mixaria. Se o amigo curtir, espere um tempinho e pegue “Unbound” na baixa, pois não vai demorar para seu valor despencar.

 


Compartilhe esse conteúdo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.