Need For Speed: Heat – rolês aleatórios num M3 EVO

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Marcelo Jabulas – Já fazem 25 anos que acompanho a franquia Need For Speed, da Electronic Arts. Lembro-me como se fosse ontem, quando vi pela primeira vez aquele game de corridas num console 3DO, da Panasonic. Naquela época o game se chamava The Need For Speed e colocava o jogador em duelos à bordo de esportivos em vias públicas da Costa Oeste dos Estados Unidos. Hoje, Need For Speed: Heat repete a dose, mas na Costa Leste.

O game chegou em novembro de 2019, período tradicional de lançamento, com foco nas compras de final de ano. Nesse game o jogador é mais um corredor de rua, que tenta a sorte na ensolarada Palm City, uma versão digital de Miami.

Heat, à primeira vista pode soar repetitivo, em relação aos títulos anteriores como Payback e Need For Speed, de 2015. As ferramentas de modificação dos carros, melhorias mecânicas e visuais são bem parecidas.

No entanto, não há como negar a evolução visual do game. Heat é um game caprichado. Testamos o game na sua versão para Windows, mais precisamente em um Samsung Odyssey II. O game fez juz ao processador Intel Core i7, aos 16 GB de RAM, a placa GeForce GTX e à unidade SSD. Rodou liso em resolução 2K, com direito a todos efeitos, sombras e reflexos.

Enredo

Em Palm City existe uma guerra declarada entre a polícia e os corredores de rua. No game, a cidade é palco de competições “oficiais” à luz do dia. No entanto, ao cair da noite acontecem as provas ilícitas e os tiras aparecem para avacalhar.

Em tese, as provas legais são boas para ganhar dinheiro. Já as corridas marginais servem para pontuar e fazer o jogador evoluir de nível. Ou seja, é preciso levar essa vida de mocinho e bandido para vencer em Need For Speed Heat.

O jogo

Depois do prólogo, em que são apresentados os controles e uma breve ideia do game, durante uma fuga da polícia, o jogador inicia sua jornada. Você é um corredor que chega na cidade para fazer fama. Faz amizade com um dono de garagem e sua galera. A partir daí, o protagonista inicia sua trajetória.

Nada muito diferente dos games antigos da série. É assim em Payback e no título de 2015, que seguem a temática do clássico Underground, de 2003. Naquele game o jogador era uma espécie de Brian tentando provar ao Toretto que também mandava bem ao volante.

A medida que o jogador acumula vitórias, são desbloqueados novos desafios, novas peças e carros que podem ser adquiridos. Vale lembrar que é possível entrar em salas de partidas online, que também ajudam a elevar a reputação do personagem.

Um detalhe legal é que a interação com cenário é bem rica. O jogador consegue derrubar quase tudo que cruze com seu para-choques. Postes, cercas, árvores não são páreos para você, assim com os carros na contramão.

A experiência

O último game de corridas que joguei no PC foi justamente Underground que se mantém instalado numa máquina antiga. Antes dele foram GRiD e o implacável GTR 2. Mas preciso confessar que jogar no console esparramado na TV me deixou mal acostumado.

Até tentei configurar um joystick genérico, mas ele exigiu um exemplar do Xbox One, nem mesmo o do X360 deu para ajustar. O jeito foi relembrar meus dias de teclado. O problema é que Heat tem inúmeros comandos espalhados. Nitro, freio de mão, câmeras, rotação ficam distribuídos. Dá para reprogramar, mas dá um trabalho danado.

Depois de alguns bons minutos me adaptando, descobri que pilotar nesse NFS é moleza. Ele tem um lance legal para botar o carro de lado. Não é preciso provocar a saída de traseira com a direção e controlar no punta taco. Basta dar uma suavizada no acelerador e depois mantê-lo pressionado. Mole, mole.

Nessa relação tinha a oportunidade de optar por três carros: um Nissan 240SX, um BMW M3 Evo (E30) e um Ford Mustang 64. Não sei quanto a você, mas o único carro que é mais legal que o M3 (E30) é o Porsche 911 Carrera RS 2.7.  Assim fui de BMW.

No começo, o alemão é bem estrangulado. Mas com o ganho de dinheiro e pontuação é possível ter acesso a novas peças que elevam a performance do M3. Junto com a melhora mecânica é possível deixar o carro mais invocado.

Quando o jogador escolha o M3, ele já vem modificado. Minha brincadeira foi instalar os para-choques originais, mas mantive aquele maravilhoso jogo BBS RS com talas alargadas, mesmo que as rodas originais do E30 tivessem o mesmo desenho. Para não dizer que sou careta demais, apliquei alguns adesivos.

Palavra final

Need For Speed Heat é um game divertido, fácil de jogar e que te faz mergulhar na vida de piloto. Ele não demanda horas de treino, setups milimétricos como títulos como Gran Turismo Sport, Forza 7, Project CARS ou Assetto Corsa.

Ele nem oferece visões dentro do habitáculo ou dentro do capacete do piloto. É a visão do para-choque ou atrás do carro. Seu negócio é deixar que o jogador se envolva na história, mesmo que seja um enredo batido, com personagens de filmes de ação da TNT. Mas mesmo assim, é legal demais.


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