Ao longo de meio século, o formato dos controles dos consoles evoluiu lado a lado com o realismo dos jogos

Marcelo Jabulas | @mjabulas – Jogar videogame é uma atividade recente para o ser humano. Fazemos isso há cerca de 50 anos e somos testemunhas da evolução desse conceito de diversão. Mas uma coisa é certa, a maneira em que interagimos com os games praticamente não mudou: nosso contato ocorre por meio do joystick. Mas com a sofisticação dos jogos, o formato dos controles precisou passar por mudanças para se adequar aos novos games e também ao que passamos a exigir como experiência.
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Assim, vamos fazer uma breve análise da evolução dos joysticks. Como eles se moldaram e nos exigiram novas habilidades e condicionamentos para obter a melhor performance diante da tela. Confira!
Origem dos primeiros controles

O formato dos controles eletrônicos começou de forma simples, com joysticks inspirados em cabines de fliperama nos anos 1970. O Atari 2600 popularizou a combinação de alavanca e botão único, atendendo à lógica de jogos de movimentos básicos. A prioridade era a durabilidade e a adaptação de peças industriais para o uso doméstico.
A transição para os gamepads
Nos anos 1980, a Nintendo estabeleceu um novo padrão com o NES, introduzindo o gamepad retangular. A disposição em cruz do direcional digital e os dois botões frontais mostraram que o formato dos controles poderia guiar a forma como os jogos eram criados. A ergonomia ainda não era prioridade, mas a precisão aumentou.
Ergonomia e múltiplos botões
Na década de 1990, o Super Nintendo e o Sega Mega Drive adicionaram mais botões, preparando terreno para jogos complexos. A Sony, com o PlayStation, introduziu alças que melhoravam a pegada, algo essencial para sessões mais longas. Essa mudança consolidou o formato dos controles como um diferencial competitivo entre fabricantes.
O impacto do analógico e da vibração

O Nintendo 64 revolucionou o setor em 1996 ao trazer o primeiro joystick analógico central em consoles domésticos. Pouco depois, o DualShock da Sony combinou analógicos duplos e motores de vibração, criando uma referência seguida até hoje. Esse período mostrou como o formato dos controles podia ampliar a imersão.
Personalização e acessibilidade
Nos anos 2000 e 2010, os controles ganharam gatilhos, sensores de movimento e conectividade sem fio. A Microsoft, além do Xbox Controller, lançou o Adaptive Controller, voltado para acessibilidade, reforçando a ideia de que o formato dos controles deve atender diferentes perfis de jogadores.
Tendências atuais dos controles
Hoje, os controles mesclam ergonomia, precisão e personalização. Modelos como o DualSense do PlayStation 5 e o Xbox Elite mostram como o formato dos controles evoluiu para oferecer feedback tátil, ajustes individuais e compatibilidade com PCs e dispositivos móveis.
Impacto no setor
A evolução do formato dos controles moldou não apenas a experiência do jogador, mas também o design dos próprios jogos. Cada inovação influenciou a forma como os títulos são desenvolvidos, do salto para o 3D à adaptação de mecânicas de imersão.
Linha do tempo do formato dos controles
- 1977 – Atari 2600: joystick com alavanca e botão único.
- 1983 – NES: primeiro gamepad retangular com direcional em cruz.
- 1990 – Super Nintendo: botões superiores (L e R) e ergonomia inicial.
- 1994 – PlayStation: formato com alças e quatro botões frontais.
- 1996 – Nintendo 64: introdução do analógico central e gatilho traseiro.
- 1997 – DualShock (PS1): dois analógicos e motores de vibração.
- 2001 – Xbox Controller: gatilhos largos e padrão assimétrico nos analógicos.
- 2006 – Wii Remote: sensor de movimento como elemento central.
- 2013 – DualShock 4 e Xbox One: touchpad, share button e melhorias ergonômicas.
- 2020 – DualSense (PS5): feedback háptico e gatilhos adaptativos.
