Marcelo Jabulas | @mjabulas – Games de Survival Horror nunca saem de moda. E “The Evil Within” é uma excelente pedida do gênero. Publicado pela Bethesda em 2014 para PC, PS3, PS4, Xbox 360 e Xbox One, o game tem produção assinada pela Tango Works e mergulha numa história perturbadora.
O jogador assume o papel do policial Sebastian Castellanos, que se envolve na investigação de uma chacina num hospital psiquiátrico. Logo na introdução, o jogador entra numa jornada que mistura real e imaginário, em busca do suspeito, um interno habilidades telepáticas.
Estética
“The Evil Within” bebe na fonte de clássicos do terror. Sua estética remete a franquias como “Resident Evil”, “Alone in the Dark” e “Silent Hill”. Parte da trama se passa numa espécie de ala do sanatório, onde Sebastian pode evoluir suas habilidades, assim como acessar itens para sua jornada.
É nesse espaço que o jogador pode salvar seu progresso, num balcão de recepção, onde fica uma enfermeira que age de forma indiferente a tudo que se passa. Nessa ambiente também há uma estante de jornal, em que é possível coletar novas informações a cada fase vencida.
Para retornar à fase, basta ir a até um dos espelhos e viajar novamente para a fase em aberto. Os espelhos têm clara inspiração na franquia da Konami. Quem já jogou “Silent Hill” sabe o que acontece quando se tenta ajeitar o penteado.
Jogabilidade de The Evil Within
Se o visual remete ao Survival Horror de Pyramid Head, a jogabilidade é quase um reencontro com “Resident Evil 4”. Inclusive as primeiras fases lembram uma das passagens do game da Capcom.
O jogo se desenrola como um shooter em terceira pessoa, combinado com exploração e, claro, terror. O jogador conta com poucos recursos, com munição e seringas de energia. Elementos que amplificam a sensação de impotência do personagem. Muitas vezes é preciso escolher entre fugir, partir para o ataque corpo-a-corpo ou gastar as poucas balas no tambor.
Para encontrar recursos, é preciso revirar o cenário. Mas há armadilhas que podem consumir o pouco de energia que o detetive acumula. Muitas vezes um baú pode ter uma bomba armada. Mas é possível desarmá-las, assim como as arapucas pelo caminho. Basta ser cuidadoso.
Com o avanço da campanha, o jogador encontra novos armamentos. No entanto, o nível de dificuldade progride junto com as novas habilidades e equipamentos.
Gosma
Durante a campanha o jogador é capaz de coletar potes com um fluido estranho. Uma espécie de gosma. Essa geleca permite que o jogador melhore suas habilidades de combate, velocidade, assim como as armas. Para isso, é preciso voltar ao sanatório e se sentar numa espécie de cadeira de dentista e deixar que o aparelho injete a substância no cérebro do policial.
Outra dica é ficar atento com as imagens parecidas com uma santa. São pequenas esculturas que escondem chaves de armários que parecem gavetas de necrotério. Em cada uma das gavetas há munições, gosmas e outros consumíveis que facilitam a vida do jogador.
Vale a pena?
“The Evil Within” é uma excelente opção para quem busca uma história assustadora e não quer gastar muito dinheiro. Com sete anos de mercado, seus valores são bastante atraentes. A versão para PC custa R$ 50, enquanto as edições de PS4 e Xbox One são oferecidas por R$ 80. No entanto, é corriqueiro o título figurar em promoções, que reduzem o valor consideravelmente.