Mega Man e os games (praticamente) impossíveis de zerar

Compartilhe esse conteúdo

GAMECOIN - MEGA MAN

Por Marcelo Iglesias

Quem acha que “Bloodborne” insuperável, é porque certamente não sofreu maus bocados nos anos 1980. A turma do Gamecoin voltou no tempo e dedicou muitas horas em cinco games assustadoramente difíceis, com recursos escassos, bugs malditos e muitas vezes sem a menor lógica de jogabilidade. Confira algumas dessas obras primas que deveriam vir com um número de telefone secreto, nos créditos finais, para os jogadores pudessem informar aos produtores que ninguém pode detê-los.

O capítulo de estreia do game, estrelado pelo menino robô, chegou ao mercado em 1987 e é um dos jogos mais difíceis já criados. Sem os gratos recursos como “continue”, “passwords” ou cheats para conseguir vidas, atravessar as seis fases do game era uma missão hercúlea. Para tornar a vida do jogador ainda mais árdua, “Mega Man” exige que se elabore um planejamento estratégico antes de iniciar a campanha.

Devido ao fato de cada chefe de fase ter uma arma especial é preciso descobrir qual é a melhor arma para ser utilizada com o inimigo seguinte. Pois uma arma errada, torna o combate praticamente impossível. E se as vidas acabarem é fim de jogo. Imagine a escolha errada na penúltima fase? Outro problema crônico do game é são os bugs e a imprecisão de alguns elementos, que quando o jogador salta sobre eles, o personagem simplesmente despenca para a morte. Terrível!

The Immortal (Mega Drive) – sugestão Gamecoin

 GAMECOIN - THE IMMORTAL

Publicado também para NES, “The Immortal” é uma obra de arte. O jogo, lançado em 1990, conta a história de um velho feiticeiro que precisa salvar uma princesa que foi feita prisioneira de um dragão. O jogador deve atravessar oito fases até chegar ao inimigo final. Falando assim parece até fácil. O problema é que as vidas são escassas, os inimigos são vorazes e há uma infinidade de armadilhas, como minhocas gigantes que podem simplesmente abrir um buraco no chão e engolir o protagonista que marcar bobeira, logo na primeira sala do game.

Passar do primeiro estágio é motivo de comemoração. O problema é que geralmente se chega ao segundo, aos farrapos e a sobrevida é curta. Se não bastasse, os poucos itens coletados podem ser verdadeiras arapucas, como venenos ou a conjuração de alguma criatura infinitamente mais forte que o seu personagem. O lado positivo é que a cada fase completada, a máquina gera um código, mas dependendo de como se conclui é melhor começar tudo novamente.

Contra (NES)

 GAMECOIN - CONTRA

O dinamismo de “Contra” é proporcionalmente igual à dificuldade do game. O clássico da Konami é exageradamente difícil. A começar pelo fato de que se o jogador não pode ficar parado, pois os inimigos não param de brotar na tela. Se não bastasse, se qualquer coisa encostar no personagem ele morre. Mas o pior são os chefes de fase, com canhões gigantescos que cospem tiros múltiplos, que praticamente varrem todo o cenário. Uma versão menos ordinária foi lançada para iOS, no qual é possível comprar itens, dentre outras artimanhas que permitem chegar ao créditos sem tanto sofrimento

Super Ghouls’n Ghosts (SNES)

 GAMECOIN - SUPER GHOULS'N GHOSTS

A versão para Super Nintendo desse clássico dos fliperamas é um verdadeiro castigo para seus fãs. O game chegou ao mercado em 1991, durante a febre de conversões para o console 16 bit da Nintendo. Com gráficos memoráreis e efeitos legais como a movimentação do solo, o game sabe prender a atenção do jogador. Assim como as demais versões, o jogador assume o papel do cavaleiro Arthur, que paramentado com sua armadura e lança sai em busca de sua amada. Além da natural dificuldade extrema do jogo, o game ainda tem um agravante macabro. Depois de chegar ao final, é preciso percorrer todas fases novamente para que só assim se chegue aos créditos. Tudo isso com um número limitado de vidas e “continues”.

Battletoads (NES)

 GAMECOIN - BATTLETOADS

Se existe um game que nunca será superado no quesito dificuldade é “Battletoads”. O jogo dos sapos guerreiros é simplesmente devastador. A começar pelos milhões de bugs, que fazem com que o jogador salte sobre superfícies “imaginárias” a todo instante. Além disso, a imprecisão dos controles torna a jogatina mais complicada. Se não bastasse os problemas técnicos, o game ainda tortura o jogador com uma campanha massacrante, repleta de inimigos, obstáculos devastadores e missões em alta velocidade que exigem uma coordenação além da capacidade humana. Para quem acha que não existe nada mais desafiador que “Candy Crush”, convém experimentar.


Compartilhe esse conteúdo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.