Review – Samurai Shodown é uma viagem no tempo

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Marcelo Jabulas @mjabulas – No início dos anos 1990, os games de luta invadiram as casas de fliperama. Títulos como Street Fighter II e Mortal Kombat se firmaram como os legítimos sucessores das máquinas de pinball. A japonesa SNK rivalizava com a Capcom no mercado arcade. Naquela época Fatal Fury era sua grande franquia. No entanto, a empresa viu que poderia ampliar sua base de títulos, com um elemento que ainda não figurava nos games: lâminas.

Samurai Shodown chegou em 1993 e logo se tornou um sucesso. Um game de luta com guerreiros japoneses equipados com espadas era algo muito diferente dos socos e chutes de Ken Masters, Terry Bogard ou Johnny Cage. A aposta deu tão certo que foram lançados cerca de 20 jogos da franquia, incluindo um RPG.

Lembro que um vizinho, que tinha viajado para o Rio de Janeiro, chegou contando a novidade. Eu joguei primeiramente na versão de Super Nintendo e achei o game sensacional. O uso das espadas permitia um maior distanciamento dos oponentes, uma vantagem estratégica para quem sempre tomava um Shoryuken na fuça. Tive oportunidade rara de jogar no Neo Geo, que era o PS5 da época. Aquele joystick gigantesco, que reproduzia os controles das máquinas é algo que gostaria de ter nas mãos para jogar esse novo game.

Tudo novo

No ano passado, a SNK publicou uma nova edição para PS4 e posteriormente Switch, Google Arcadia e, claro, fliperama. Agora, o game passa a figurar no catálogo da Epic Games Store, na versão para PC, por R$ 95. Samurai Shodown também adotou gráficos em padrão Cel shading, que é um estilo de 3D com estética de desenho animado. Games como Borderlands e Street Fighter IV adotam esse estilo. O visual é muito bacana e bem fiel aos antigos games que utilizam pixel art em sua composição.

Enredo

Hoje todo game de luta tem uma história. Na verdade, sempre teve. Acontece que antes era apenas um breve texto que ninguém se prestava a ler. Hoje, o game conta com um modo história, que se passa entre o game original e o quinto episódio. A trama ocorre no Japão (óbvio), no final do século 18. Os guerreiros se unem contra uma força sombria na região. O game se apropria de elementos dos ricos folclore e mitologia japonesa.

Jogabilidade

Deixando as histórias de lado, o game oferece a clássica jogabilidade da série. Combos, golpes especiais, barra de poder seguem a cartilha dos games de luta, que evoluíram nos últimos 30 anos. Como se trata de uma versão para PC, é possível jogar no teclado, mas o ideal é ter um joystick.

Online

Jogar online nunca foi o meu forte. O fato é que nunca consigo encontrar alguém do meu nível para jogar e isso é frustrante. Seja em Street, Mortal ou Injustice é sempre a mesma coisa. Com Samurai Shodown não foi diferente, apanhei feito cachorro na maioria das lutas. Venci três apenas. Percentualmente é uma vergonha que não vou compartilhar.

Requisitos

Para rodar o game não é preciso uma máquina muito poderosa, mas é recomendado no mínimo um processador Intel Core i5, 2 GB de RAM e apenas 12 GB de armazenamento e Windows 7. No entanto, é fundamental que tenha uma boa placa gráfica, como uma GTX 560, da NVidia. Mas para extrair o máximo de performance, o ideal é ter uma placa de ponta como uma GeForce RTX, que garantirá o máximo de desempenho.

Mas se o amigo não tem todo esse poder de fogo, saiba que a SNK também acabou de lançar uma coletânea, com os antigos games da série, que roda macio até mesmo nas máquinas mais modestas. Depois eu conto mais sobre essa coleção, num outro post.


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