Redação GameCoin
Se existia uma palavra de ordem nos estúdios dos anos 1980, essa palavra era crueldade! Depois do anúncio do NES Classic Edition, bateu aquela vontade louca de jogar alguns games antigos do NES, principalmente os títulos da lista de 30 jogos que acompanharão o console. Claro, que o primeiro deles foi Super Mario Bros. Afinal, o título acompanhava o console original. No entanto, como o velho NES anda meio combalido, tivemos que apelar para a edição da compilação Super Mario All Star, publicada em 1993 para Super Nintendo.
E mesmo como todas as facilidades da versão 16 Bits, Super Mario Bros é um game extremamente difícil e sádico, pois induz o jogador ao erro a todo instante. Desafios aparentemente simples se tornam grandes armadilhas e o jogador tende a perder a paciência e partir para o modo camicaze. Aí amigão: a coisa fica mais feia ainda e as vidas escorrem pelos dedos. No entanto, não se pode reclamar que edição “All Star” tem suas vantagens, como continues eternos e possibilidade de salvar o game.
Graficamente, por se tratar de uma edição mais refinada, Super Mario Bros “All Star” tem visual simpático, com mais elementos no cenário e fundos de tela preenchidos. Além disso, a trilha sonora é em estéreo, o que torna as antológicas composições originais ainda mais agradáveis. No entanto, a jogabilidade é a mesma e mesmo que o SNES tenha quatro botões a mais em seu joystick, o jogador utiliza basicamente dois, pois os demais repetem as ações e os gatilhos superiores não têm função.
Além disso, mesmo com as melhorias da reedição, aqueles vícios de comandos ainda persistem, como por exemplo quando o piso escorregadio, ou quando se solta o botão de corrida antes da hora para tentar saltar sobre uma pequena plataforma e o personagem passa direto pelo buraco. São apenas alguns detalhes que roubam vidas e obrigam o jogador a recomeçar as fases.
Super Mario, o sádico
No entanto a maldade de Super Mario Bros está nos castelos dos chefes. Geralmente os caminhos são curtos, mas verdadeiras provações de persistência, como por exemplo o castelo do quinto mundo, onde se precisa calcular os tempos entre os chicotes de fogo e depois desviar das chamas arremessadas pelo chefe de fase. Até conseguir dominar o tempo, algumas preciosas vidas se vão. E se o amigo não tiver muitas em seu estoque, é preciso recomeçar todo o estágio.
Mas jogar Super Mario Bros depois de alguns anos foi extremamente prazeroso. É verdade que faltou saco para tentar levar a campanha até o final, mas deixamos a partida salva e em breve deveremos finalizar, e um print do quinto castelo detonado para dar incentivo. Mesmo assim sabemos que não terá o mesmo prazer de que quando eramos moleques e precisávamos unir um time e gastar um sábado inteiro para chegar aos créditos!
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