Mortal Kombat 11 – Bem diferente daquele game dos botecos dos anos 90

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Marcelo Jabulas | Redação GameCoin – Não sei quanto dinheiro do pão eu gastei no boteco do “Boyzão”, na esquina da Alves Martins com Campos Sales, só com fichas para ver Sub-Zero arrancar as colunas vertebrais de seus oponentes. Mas fato é que Mortal Kombat 11 acaba de chegar ao mercado trazendo gráficos incríveis, efeitos fantásticos e muitos conteúdos. Mas quem se propõe a jogar quer mesmo é se lambuzar naquele banho de sangue e vísceras que deu à série condições de ofuscar o brilho de Street Fighter 2, lá em 1992.

E não falta violência no novo game. Da mesma forma que personagens clássicos seguem firmes e fortes, como Scorpion, Sub-Zero, Johnny Cage, Sonya, Baraka, Rayden e Kano, só para citar alguns dos 23 lutadores que acompanham a versão básica do game.

Ou seja, os golpes do arpão, do raio, a chave de pernas (para não citar o nome popular) atravessaram os anos, assim como as finalizações deliciosamente sádicas. A diferença é que está tudo em alta definição. Dessa forma, parece que Mortal Kombat 11 é mais uma reedição, da reedição, da reedição, que remonta o game original. De certo modo sim, mas há coisas novas.

O que muda

Mortal 11 é um primo próximo de Injustice 2. Os dois games foram produzidos pela NetherRealm Studios e utilizam o motor gráfico Unreal Engine. Assim, têm mecânicas de jogo bem parecidas e a possibilidade de desbloquear novas roupas e aplicar acessórios aos personagens.

Como os games de luta modernos, há um modo história. No entanto, Mortal 11 oferece pelo menos três narrativas. A estrutura se divide entre uma animação e uma luta. E assim por diante. Se voltarmos no tempo, o primeiro MK também era assim, mas como era um game de fliperama, a dramaticidade ficava para depois que o jogador terminasse o game.

No braço

Mortal Kombat sempre foi uma série com lutas aceleradas. Nessa edição não é diferente, ainda mais jogando no modo difícil (contra á máquina). Mas principalmente contra outros jogadores. Se der bobeira, a luta termina em poucos segundos.

Para quem está acostumado com Injustice 2 ou MK XL não há muito que estranhar. Mas se o amigo resolveu relembrar aquela paixão antiga, é bom saber que a jogabilidade anda bem diferente, apesar de alguns comandos, como os disparos de gelo e o arpão terem mantidos os mesmos movimentos.

Mesmo assim é preciso deixar claro que o game evoluiu muito. Aqueles comandos sacados como o do arpão do Scorpion não funcionam como antigamente e nem tente cuspir fogo da mesma forma. Na primeira luta, testando o game, foi humilhante tentar aplicar os golpes do passado. O computador foi implacável. Na segunda luta, foi possível derrotar a máquina, na dificuldade mediana. Aos 13 anos, tudo era mais fácil. Sendo assim, faz-se necessário reaprender muita coisa.

Online

Como todo game de luta que se preze, MK 11 tem modo online. O jogador tem uma série de opções de combates, desde uma luta casual a participar de torneios. Devo confessar que há muito não demonstrou uma habilidade olímpica em games de luta. No Super Nintendo ainda consigo mandar bem, colocando o joystick sob a camisa. Mas online, sem ver a cara o adversário, sem poder dar empurrão ou puxar o fio do controle, as coisas ficam mais difíceis.

Sabia que não seria fácil e resolvi entrar numa partida rápida. Fui recebido pelo jogador JPKBbavi. Com um pugilista, ele estudou meus movimentos e fizemos um primeiro round equilibrado. No segundo, ele mostrou toda sua crueldade. Foi uma surra humilhante, que se estendeu para o terceiro, com direito a fatality.

Um dia JPKBbavi, iremos nos encontrar novamente…

Cereja do bolo

Como já deu para perceber, a cereja do bolo ainda são os fatalities, aqueles golpes de finalização que demandam a execução de comandos numa breve pausa. Em MK 11 são duas opções para cada lutador, cada uma mais grotesca que a outra. Vale tudo, arrancar vísceras, partir o cara ao meio, dar um bicudo debaixo das pernas para arrancar a coluna com um chute e mais um monte de outros requintados e cruéis métodos de liquidar o inimigo.

Mini ficha GameCoin:
Mortal Kombat 11

Estilo: Luta
Estúdio: NetherRealm
Distribuidora: Warner
Modo On-line: Sim
Idioma: Áudio, legendas e menus em português
Disponível: PC, PS4 e Xbox One
Preço: R$ 250

E quanto vale o show?

Enredo: 3
Gráficos: 5
Jogabilidade: 4
Desafio: 5
Custo/Benefício: 5
TOTAL: 22 gamecoins

Tabela GameCoin de classificação

00 a 03 gamecoins: Péssimo
04 a 07 gamecoins: Muito ruim
08 a 11 gamecoins: Ruim
12 a 15 gamecoins: Regular
16 a 19 gamecoins: Bom
20 a 23 gamecoins: Muito bom
24 a 25 gamecoins: Ótimo

 

 


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