Marcelo Ramos | Redação GameCoin – Em novembro Call of Duty 4: Modern Wafare completa 10 anos de seu lançamento e ainda se desponta como o melhor episódio da longa franquia da Activision. Recentemente bateu uma vontade tremenda de jogar CoD4 novamente. Na verdade há um bom tempo eu queria jogar novamente, mas é impressionante como os games da franquia Call of Duty ainda são caros. Meu velho PC Gamer já partiu dessa para melhor, há muito tempo, e nem sei onde foi parar o DVD do game.
No entanto, pintou uma daquelas promoções malucas na PSN que compilava os três episódios da série Modern Wafare por R$ 60 para PS3. Uma bela pechincha! Além disso, eu queria jogar o game original, com os gráficos da época, sem o pente fino que passaram para a reedição que acompanha o lastimável Infininte Warfare. Daí foi só iniciar o download.
Tirando a poeira de Modern Wafare
Depois de duas horas, Call of Duty 4: Modern Wafare estava lá todo pimpão instalado no velho PS3, dividindo uma lista com shooters modernos como Far Cry 4, Metro Last Light e até mesmo o mediano Call of Duty Ghosts, enquanto no PS4 ao lado Doom, Metro 2033 Redux e Rainbow Six Seige deviam olhar com desdem. Com exceção da fodástica missão em Pripyat (quem jogou sabe bem do que estou dizendo) pouco me lembrava do game. Afinal, joguei o game no final de 2007.
E a primeira coisa que me chamou a atenção é como os games de hoje se tornaram burocráticos. CoD tem um tutorial curto e rápido, apenas para aprender os comandos. Nada daquelas tarefas intermináveis e a necessidade de conexão com os servidores para registrar seu desempenho. O game é liso, rapidamente o jogador está em ação.
Tiro, porrada e bomba
Call of Duty 4: Modern Warfare não pode ser comparado aos games que unem FPS e mundo aberto. CoD é um game linear, e até conta com áreas de exploração, mas o lance dele é aquela ação cinematográfica, com aquela sonoplastia hollywoodiana que massageia os ouvidos. Nada de coletar itens, melhorar inventário e outras necessidades de jogos mais complexos. O negócio é tiro, porrada e bomba!
Mas essa linearidade não faz dele um game medíocre, pelo contrario. Modern Warfare é um game frenético, sempre tem um NPC gritando para você se apressar. Tudo é corrido, afinal estamos em guerra. foguetes, granadas e metralhadoras detonam tudo diante dos olhos. Essa corrida alucinante é o que faz de Call of Duty 4: Modern Warfare o game que ele é.
Graficamente, não se pode comparar um game feito há 10 anos com uma produção recente: “Nossa, mas Titanfall 2 é bem mais bonito!”. Claro que é! Estranho é se não fosse! Mesmo assim é um game muito bem desenhado. Claro que hoje, conseguimos enxergar rebarbas e texturas não tão bem polidas como dos games de hoje, mas naquela época era simplesmente lindo e hoje ainda é muito legal. Por outro lado, os efeitos sonoros são demais, parece que o jogador está dentro de um filme de guerra tipo Sniper Americano ou Guerra ao Terror. É aquela sonoplastia que só os ianques conseguem fazer.
Desafios
Morre-se muito em Call of Duty 4: Modern Warfare, muito mais que nos games posteriores. Mesmo com o recurso de recuperação de energia, entrar na linha de fogo é certeza de ler frases de grandes líderes ou trívias militares. Você sabia que, em 2007, um bombardeiro B-2 custava US$ 2 bilhões? Basta morrer algumas vezes que essa e outras informações apareceram na tela para enriquecer sua cultura popular. Vai que cai no Enem?
Esse desafio faz bem para CoD, e muito se perdeu nas produções atuais, inclusive na franquia, em que o game trata o jogador como um menino mimado, que não pode se sentir frustrado. E olha que o game facilita as coisas para o jogador, pois sempre tem um checkpoint para marcar o território.
Depois de umas cinco horas ininterruptas deu para matar a saudade de CoD e lembrar de como o jogo é bom, mesmo sendo rápido como um moleque na puberdade. Se passaram nove anos e dúzias e mais dúzias de novos games desde que joguei pela primeira, mas Modern Warfare ainda continua imbatível. E definitivamente é o melhor episódio da franquia, junto com Modern Warfare 2 e sua polêmica missão “No Russians”.
É zerar e começar de novo, de novo e de novo! Uha!
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