Cuphead é uma das melhores produções de 2017

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Marcelo “Jabulas” Iglesias | Redação GameCoin – Todo game, quando publicado, corre o risco de cair na mesmice. Gêneros de tiro, luta, ação, esportes, RPG e corrida acabam seguindo um conceito padronizado e buscam se diferenciar nos detalhes. Cuphead tinha tudo para ser mais um jogo de aventura 2D e proposta retrô, nas sombras de Mega Man, Super Mario ou Castle of Illusion. No entanto, a produção da StudioMDHR é quase que uma obra de arte.

O game se destaca pelas peculiaridades de sua produção. Cuphead coloca o jogador na pele do personagem que dá nome ao jogo. Um bonequinho com corpo semelhante ao de Mickey Mouse, mas com cabeça de xícara. Quando há dois jogadores, o irmão Mugman (em clara alusão a Mega Man) se junta à batalha.

O herói se vê numa enrascada ao ser derrotado pelo Diabo em um cassino. Agora tem pouco tempo para honrar a dívida com o Coisa Ruim. As fases seguem uma variação de estilos dos games dos anos 1990, com desafios como ultrapassar obstáculos, aniquilar chefões, dentre outras tarefas. O mapa do game é expandido à medida que o jogador cumpre as fases e lembra muito o mapa de Super Mario World.

E como em qualquer bom game da Velha Guarda, o jogador tem que ter gatilho quente. Cuphead (o personagem) dispara gotas de leite dos dedos e pode melhorar seu desempenho trocando moedas por artigos na loja de um porco carrancudo com tapa-olho.

Todos esses elementos seriam triviais se não fosse a excentricidade dos produtores em utilizar técnicas de animação como nos antigos desenhos. Todos os elementos móveis ganharam movimentos com o uso de quadros desenhados um a um, depois filmados e sequenciados para dar a ilusão de movimento. Um capricho trabalhosos para relembrar como se fazia desenhos animados até os computadores roubarem a cena.

A estética de Cuphead segue o mesmo padrão das produções dos anos 1930 e 1940, com um ar de Popeye, Mickey e Betty Boop. E se não bastasse a trilha sonora é simplesmente impecável, composta por 56 faixas que mesclam vertentes dos Jazz, como Ragtime, assim como Valsa e até mesmo Samba, com direito a cuíca e chocalho. A trilha que contou com a participação de mais de 40 instrumentistas é tão legal que é vendida separadamente do jogo em formato digital e até mesmo em vinil.

Desafios de Cuphead

Cuphead é um jogo difícil. Apesar de as fases parecerem simples, elas são extremamente difíceis, até mesmo no modo mais fácil. O bonequinho começa sua jornada com apenas três pontos de vida, mas qualquer coisa que toque o protagonista, lhe tira um ponto. Daí, ter que repetir a mesma fase incontáveis vezes é rotineiro.

Veredito

Cuphead é um daqueles games que dão gosto de jogar. Apesar de não trazer grandes inovações em termos de jogabilidade. É um game que vale pelo esmero da produção, tanto no quesito gráfico, quanto na trilha sonora e na diversidade de desafios que o jogador encontra pelo caminho. É uma liberdade de criação que atualmente só são permitidas às produções Indie. O game tem versões para PC e Xbox One.

Mini ficha GameCoin:
Cuphead

Estilo: Aventura
Estúdio: StudioMDHR
Distribuidora: Microsoft
Modo On-line: Não
Idioma: Áudio, legendas e menus em inglês
Disponível: PC e XONE
Preço Médio: R$ 37 (PC) e R$ 77 (XONE)

E quanto vale o show?

Enredo: 3
Gráficos: 3
Jogabilidade: 3
Desafio: 4
Custo/Benefício: 3
TOTAL: 3 moedinhas

Tabela GameCoin de classificação

5 moedinhas: Excelente
4 moedinhas: Muito bom
3 moedinhas: Bom
2 moedinhas: Ruim
1 moedinha: Péssimo

 


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