Marcelo Iglesias | Redação GameCoin
As duas principais franquias de tiro em primeira pessoa (FPS) com foco no multplayer on-line, Call of Duty e Battlefield, divulgaram seus novos episódios para o final de 2016. Mas o que chama atenção é a temática de cada um dos games. Não é de hoje que Activison e Electronic Arts decidiram seguir caminhos opostos em suas franquias. Para quem não se lembra, tanto Battlefield quanto Call of Duty surgiram como games inspirados na Segunda Guerra Mundial, no início dos anos 2000, seguindo o rastro de Medal of Honor, que também é da EA. Atualmente cada um segue uma narrativa própria. Enquanto CoD aposta em combates futuristas com Black Ops III, Battlefield aderiu uma visão citadina com Hardline, ao colocar o jogador na pele de um policial. Mas o que muda daqui em diante?
Call of Duty espacial
A mais recente edição de Call of Duty, batizada de Infinite Warfare (com lançamento agendado para 4 de novembro, para PC, PS4 e Xbox One) segue ainda mais adiante no futuro, com acontecimentos posteriores a Advanced Warfare e Black Ops III. No novo CoD não faltarão armas futuristas, equipamentos robotizados, armaduras high-tech, dentre outros vislumbres. No entanto, chama atenção o fato de jogador experimentar um combate fora do planeta. O vídeo de divulgação publicado pela Activision mostra soldados lutando em ambientes extraterrenos, que parecem asteroides ou outros tipos de corpos celestes.
Saber como será a reação do público nesse cenário tão inóspito, é algo que descobriremos só depois dos primeiros dias de jogo. No entanto, pode ser um novo desafio para uma franquia que dá claros sinais de saturação e tem apostado em itens que aumentam a vantagem competitiva dos jogadores.
Battlefield 1 na Guerra das Guerras
Já Battlefield 1 (que chega no dia 21 de outubro, para PC, PS4 e Xbox One) trilha um caminho totalmente oposto. A franquia que foi a primeira a abandonar o tema da Segunda Guerra, passeando pelo Vietnã, confrontos contemporâneos e até mesmo deixando a farda militar por um uniforme policial, decidiu desembarcar na década de 1910 e levar o jogador para a Primeira Grande Guerra. Espingardas e baionetas farão parte do cotidiano dos jogadores, que não poderão contar com metralhadoras, silenciadores, SMGs e demais equipamentos bélicos modernos.
A ausência desses itens pode tornar o game mais moroso, mas também mais desafiador. Afinal, com uma cadência de tiro mais baixa é preciso ser mais estratégico antes de sair de peito aberto bancando o Rambo. No entanto, o game pode cair em desgraça, se o público não aderir a esse formato mais rústico de fazer guerra.
A Activision sabe que o novo CoD pode dar errado. O primeiro vídeo teve altíssimo nível de rejeição. Dos 14 milhões de visualizações, quase 1,2 milhão de usuários deram “No Like” no vídeo. Os fãs mais cativos não curtiram muito a ideia de lutar no espaço. E como havia um risco de fracasso, junto com o anúncio do novo game, a Activision anunciou uma reedição de Call of Duty 4: Modern Wafare (foto abaixo), game de 2007 que retirou a franquia da Segunda Guerra e se tornou um dos games de tiro mais populares de todos os tempos.
A verdade é que tanto a EA, quanto a Activision, sabem que suas franquias, apesar do alto nível de popularidade, estão próximas da estagnação. Consumidores reclamam que as últimas edições de Battlefield são um mais do mesmo, assim como fãs de “Call of Duty” criticam que desde Moder Warfare 3 a série tem perdido qualidade, sendo que Ghosts foi o maior fracasso da série.
E qual das duas franquias terá acertado o caminho? Deixe sua opinião!
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