Review – Jogamos Prey, game que coloca o jogador de condição de presa

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Marcelo “Jabulas” Iglesias | Redação GameCoin – Isaac Newton afirmou que só chegou onde chegou por que se apoiou em “ombros de gigantes”. Se o homem que personificou a física teve tamanha humildade em dizer que não chegaria a lugar algum sem os esforços de outros pensadores, não é demérito para ninguém tomar como inspiração coisas que deram certo. Prey faz algo parecido, o Action RPG da Arkane Studios e com distribuição da Bethesda coloca o jogador numa aventura que remete a diversos títulos bem sucedidos com Half-Life, Fallout e Alien Isolation, para citar alguns, pois no cesto de inspiração ainda podemos encontrar Deus Ex e muitos outros games da pesada.

O título conta história de Morgan Yu (que o jogador pode decidir que seja homem ou mulher) integrante de um projeto espacial, que se mete numa enrascada que envolve amnésias, realidades virtuais, implantes cerebrais e seres alienígenas ferozes querendo arrancar seu couro. Explicar mais sobre o enredo seria complicado, pois entregaria parte da história. E a última coisa que fazemos no GameCoin é dar spoiler. Mas o que se pode dizer, sem comprometer a experiência, é que os miméticos (o nome dado aos monstrengos) são infernais.

Prey é um Action RPG clássico, com visão em primeira pessoa, inventário generoso, itens coletáveis (e também transformáveis), comandos intuitivos e uma infinidade de informações que vão tecendo a história do game, como manda qualquer título do gênero com o mínimo de qualidade.

Assim como no jogos das séries The Elder Scrolls e Fallout, o personagem aprende lendo panfletos, livros e e-mails, que estão misturados a outras informações sem importância, mas que ajudam a consolidar a narrativa. A coleta de dados é fundamental para encontrar senhas e desvendar mistérios espalhados pelo jogo e que vão abrindo o caminho.

Prey, apesar de ter um mapa grande, segue o estilo “metroidvania”, em que é preciso abrir setor por setor por meio de conclusão de tarefas. E como os textos e áudio são em português, o risco de se confundir e ficar emperrado em algum ponto é bastante reduzido, mas não significa que a “trilha de migalhas” seja óbvia.

Mas abrir caminhos não é tão simples. Morgan, com já foi dito, não é um soldado e sim cientista. Daí, suas habilidades de combate são medíocres, que até dá a impressão de os comandos são ruins. A medida que o jogador recolhe artefatos chamados de Neuromod, ele pode utilizá-lo para aprimorar as habilidades tanto de sobrevivência, como ciência e engenharia. Estas evoluções do personagem elevam a precisão da mira, impacto dos golpes contra os miméticos, que também apresentam uma “hierarquia” de letalidade.

Gráficos de Prey

Pouco antes de lançar o game, a Bethesda liberou uma versão de demonstração batizada de Primeira Hora, para que os jogadores se familiarizassem com a trama. Na degustação, muita gente reclamou do comportamento do motor gráfico CryEngine, que se mostrava falho e impreciso nos comandos.

Na versão final, a apuração dos comandos está melhor, mesmo sendo difícil acertar um mimético de primeira, a movimentação é muito boa. Graficamente não há o que reclamar do jogo, ele é bem desenhado e com boas texturas. As sombras de Morgan diante da luz é projetada de forma bastante fidedigna, assim como a água e demais efeitos.

Prey = Alien Isolation + Half-Life

A ambientação e o enredo por sua vez é uma mistura de Alien Isolation com Half-Life. Pelas vestimentas é impossível não se lembrar de Gordon Freeman, protagonista do clássico da Valve, inclusive no uso de uma chave inglesa como arma branca, que pode ser considerado como uma homenagem ao pé-de-cabra de Dr. Freeman.

Como já foi dito, a trama se passa numa estação espacial, com alienígenas nada amigáveis e quase nenhum outro (ou nenhum) ser humano a bordo. Este clima de perseguição, solidão e terror psicológico remetem ao ótimo Alien Isolation, de 2015, onde Amanda Ripley (filha de Ellen Ripley, horoina de todo nerd) se vê presa numa base espacial e precisa escapar de um alienígena brutal.

Todas as referências contidas em Prey faz dele uma excelente indicação para quem gosta de games que unem exploração com terror e combate. O game conta com versões para PC, PS4 e Xbox One, seu preço gira em torno de R$ 230.

Mini ficha GameCoin:
Prey

Estilo: Action RPG
Estúdio: Arkane Studios
Distribuidora: Bethesda
Modo On-line: Não
Idioma: Áudio, legendas e menus em português
Disponível: PS4, PC, XONE
Preço: R$ 230

E quanto vale o show? 3 moedinhas (bom)
Enredo:
 3
Gráficos: 3
Jogabilidade: 3
Desafio: 4
Custo/Benefício: 3

Tabela GameCoin de classificação
5 moedinhas:
Excelente
4 moedinhas: Muito bom
3 moedinhas: Bom
2 moedinhas: Ruim
1 moedinha: Péssimo

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