Review – As impressões de Alien Isolation

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Marcelo Iglesias

Em 1979 o diretor Ridley Scott conseguiu um feito notável em unir ficção científica com terror em Alien o Oitavo Passageiro. O longa que colocou a atriz Sigourney Weaver presa a uma nave com um ser brutal e praticamente indestrutível trouxe uma nova percepção sobre seres alienígenas. Esse universo criado pelo cineasta inspirou a indústria de jogos, com versões desde o veterano Atari 2600. Mas o ápice da série nos games foi atingido com Alien Isolation, publicado recentemente pela Sega. O game consegue resgatar de maneira primorosa toda a claustrofobia e desespero vivido por Ellen Ripley a bordo da Nostromo. As impressões de Alien Isolation não poderiam ser melhores.

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Em Alien Isolation a história é protagonizada por Amanda Ripley, filha de Ellen, que depois de 15 anos do paradeiro da Nostromo, é informada que a caixa preta da nave foi encontrada e está numa estação espacial, a Sevastopol. Amanda embarca numa missão, junto com funcionários da Weyland-Yutami. Ao chegar ao destino, durante a operação de troca de naves, uma explosão faz com que o grupo se separe e Amanda fique sozinha.

Antes só…

Nos primeiros minutos de jogo, a impressão que se tem é a estação está totalmente abandonada. Malas, caixas reviradas, luzes de emergências, painéis em curto e uma escuridão desesperadora toma conta do clima. Isso tudo, somado aos ruídos e estalos da nave, faz com que o jogador fique apreensivo, literalmente cortando prego. No entanto, logo se descobre que há sobreviventes e androids na nave. E claro, o xenomorfo. O que não se sabe é quando ele irá aparecer. O problema é que os demais habitantes da estação não querem contato com Amanda e se puderem irão eliminá-la. Se não bastasse, os sintéticos estão operando num modo defensivo e não terão piedade de quem desobedecer as diretrizes da nave.

Todos esses elementos levam o jogador a uma sensação total de desamparo. Os ruídos, estalos, o ambiente sem iluminação tornam a trama perturbadora. Ainda mais que o tom de suspense é carregado com aquelas musiquinhas pavorosas. Não há como não ficar com a boca seca. Com o passar do tempo e as coletas de itens e armas, a gente tende a ficar mais corajoso. O problema é que quando o bicho mostra as caras o susto é inevitável.

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O jogador também precisa ficar atento com seu comportamento. Se os humanos e sintéticos são relativamente fáceis de despistar, com o monstrengo não se pode vacilar. Ele percebe as reações do jogador. Seus movimentos geram ruído, acender a lanterna rapidamente pode chamar sua atenção. O segredo é não atrair o monstro.

Graficamente Alien Isolation faz bonito, mesmo nas versões para PlayStation 3 e Xbox 360. Os efeitos de luz, sombras, fumaças são excelentes. Vale a pena parar um pouco para admirar o trabalho do designers. Não deixe de contemplar a imagem do planeta em seu movimento de rotação pela janela. O estilo visual, totalmente fiel à estética de Alien: O Oitavo Passageiro impressiona. Os efeitos sonoros são parte importante de Alien Isolation, as trilhas e ruídos ajudam a construir o clima atormentador. Aliás, o jogador deve ficar atento aos baralhos, que indicam que algoz está por perto.

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Alien Isolation é uma bela produção que passa uma borracha na mancha causada por Colonial Marines, que pessoalmente acho muito legal. O game realmente cumpre o que promete em colocar o jogador num ambiente claustrofóbico e obrigá-lo a resolver quebra-cabeças e construir artefatos para sobreviver. Imperdível!

Disponível para PC, PlayStation 4, PS3, Xbox One e X360

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