Oldies: Contra completa 30 anos e ainda aterroriza gamers

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Contra game da Konami para NES

Marcelo Iglesias | Redação GameCoin

Muitos games entram pelos mais diversos motivos. Seja pela estética, seja pela jogabilidade e até mesmo pela campanha de marketing. Mas há games que entram para os cânones do videogame devido ao elevado nível de dificuldade. E nesse contexto não há como não ter Contra como um dos exemplos mais contundentes.




O clássico da Konami completará 30 anos de sua publicação para o Famicon (versão japonesa do NES), em fevereiro, e ainda hoje é um game extremamente difícil e desafiador. Sua versão americana foi lançada em 1988, no formato 72 pinos do NES. Contra narra a história de uma invasão alienígena e da criação de uma equipe para tentar conter o ataque extra-terreno. Com jogabilidade, aparentemente simples, o game é um shooter em terceira pessoa que mescla o tradicional deslocamento lateral (side scroll) com fases de combate em terceira dimensão e outras em que o jogador literalmente escala o cenário.

Contra game da Konami para NES

Com apenas três vidas, Contra se destaca como um dos jogos mais difíceis de sua geração por ser implacável com o jogador. Qualquer fagulha que toque o personagem é o suficiente para subtrair uma vida. E logo na primeira fase, o jogador se depara com uma saraivada de tiros e canhões que brotam das rochas e fazem do cenário um verdadeiro baile confetes da morte.

Por outro lado, o game também dá uma colher de chá para o jogador ao servi-lo de armamentos mais potentes como metralhadoras, lazeres e uma espécie de escopeta que praticamente espalha chumbo por todo o cenário.

Contra maltrada adolescentes

Em junho de 2015, um desafio proposto pelo canal REACT viralizou na internet. No vídeo, várias duplas de adolescentes fora desafiadas a jogar Contra. É engraçado a reação dos jovens diante do cartucho do NES e mais ainda diante do game. Depois de quase 15 minutos de vídeo, nenhuma das duplas conseguiu terminar a primeira fase.

Contra game da Konami para NES

Muita gente criticou a molecada, por sua incapacidade de vencer Contra. No entanto, é preciso fazer as vezes de advogado do diabo e sair em defesa da galerinha. Quando joguei o game pela primeira vez, no velho Top Game do meu vizinho Renato “Zizi”, lá em 1989. Ficamos a tarde toda tentando chegar no primeiro chefe, que é uma unidade de canhões. Na sequência, na primeira fase 3D, também sofremos para vencê-la e chegar à segunda fase.

O que muda na percepção entre a minha geração e os garotos que foram desafiados pelo REACT é que naquela época era comum um game ter alto nível de dificuldade. Afinal, a maioria dos jogos era adaptação ou seguia a lógica dos jogos de fliperamas, que eram feitos para ser imbatíveis e devorar fichas.

Contra game da Konami para NES

Era um conceito muito diferente dos jogos de hoje, em que há regeneração, vidas infinitas, checkpoints, assistentes de jogabilidade, dentre outras facilidades que elevam o ego e fazem o jogador chegar aos créditos mais rapidamente. Afinal, a lógica de hoje é outra, o game precisa ser consumido rapidamente para estimular o jogador a comprar o próximo, muito diferente dos anos 1980, em que meia dúzia de jogos serviam a molecada a infância inteira.

Contra game da Konami para NES

Contra é uma apenas um exemplo do mundo sádico dos games do final do século XX. Quem quiser conferir outros exemplos segue o link de uma lista de jogos que são praticamente impossíveis de serem finalizados. Clique aqui!

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