Grid – O meio termo entre Need For Speed e Project CARS

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Marcelo Jabulas – No mercado de games, diversos estúdios se especializam em segmentos distintos. Isso lhes garante produções mais refinadas em seus nichos, do que aqueles mais generalistas. E quando se fala em jogos de corridas, não há espaço para aventureiros. Estúdios como Milestone, Slighty Mad Studios, SimBin e Polyphony Digital são selos respeitados quando o assunto game de corrida, assim como a britânica Codemasters.

No final do ano passado, ela publicou Grid, quarto game da franquia originada em 2008, com Race Driver: GRID, que era uma evolução da série Race Driver, que por sua vez era uma evolução do clássico TOCA: Touring Car Championship, de 1997. Assim, Grid se tornou a série de corridas em asfalto do estúdio, enquanto “Dirt” se coloca na seara dos ralis.

Legado

O novo Grid segue o mesmo esquema do game de 2008. O jogador pode disputar provas de diferentes segmentos que se diferem por categorias de automóveis, como gran turismo, compactos, muscle cars, exóticos e protótipos. Há uma versão genérica da NASCAR, sem os carros originais da stock americana, mas que oferecem desafios muito parecidos com aqueles dos melhores games oficiais do torneio. O jogador inicia sua carreira com um valor limitado de recursos, que lhe permite iniciar sua garagem e contratar o segundo piloto para sua equipe.

A medida em que se evolui é possível formar times com mais corredores. Quanto mais pilotos estiverem no seu time, maior será a pontuação e também o faturamento. Grana que pode ser utilizada para comprar carros mais sofisticados.

O game conta com um calendário generoso de provas para cada modalidade. Há também disputas especiais, que exigem a compra de carros específicos. Mas a Codemasters, que não é boba, lançou temporadas avulsas que aumentam o número de competições e também servem o jogador de novos automóveis. Além disso tudo, o game também conta com modo online, em que as disputas elevam significativamente de nível.

Visual

Grid é um game bonito, assim como as edições passadas. Os efeitos de iluminação são excelentes, com lusco fusco, que cega o jogador em provas em final de tarde, assim como pontos escuros nas provas noturnas. Claro que não se compara com a riqueza de detalhes de Gran Turismo Sport, mas é um belo game.



O nível de detalhamento dos carros impressiona, assim como as avarias. Quando se joga com visão de dentro do carro é possível ver o piloto acionando pedais e transmissão em tempo real aos comandos dos jogador.

Jogabilidade

Quem jogou TOCA sabe que ele era um game que não admitia erros, assim como Dirt Rally ou Dirt Rally 2.0 e os games oficiais da Fórmula 1. Grid tem um estilo mesclado. Não tão simplório como Need For Speed e nem tão implacável como Project CARS ou Assetto Corsa.



É um game que permite algumas correções de rota. Ele ainda mantém a ferramenta de voltar no tempo. A cada corrida, o jogador tem pode usar o recurso até cinco vezes para repetir um trecho da prova. Trata-se uma “trapaça legal”, mas que rouba a graça do jogo.

Palavra Final

Grid chega como uma opção para quem busca um game de corridas com bom nível de equilíbrio, uma garagem com carros bem legais e uma variedade de desafios. Ele não demanda configurações cirúrgicas dos bólidos, mas permite ajustes de suspensão, direção, frenagem e outros parâmetros, de acordo com a preferência do jogador.

Disponível para PC, PS4, Xbox One e Google Stadia.


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