Doom completa 20 anos e ainda mete medo

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DOOM (3)

Por Marcelo Iglesias

Uma das principais franquias de tiro em primeira pessoa (FPS) acaba de completar 20 anos hoje. E o Gamecoin não poderia deixar a data passar em branco. “Doom” foi publicado no dia 10 de dezembro de 1993, pela id Software e foi responsável por popularizar o gênero, que se tornou um dos mais rentáveis do mercado de games. Filho direto de “Wolfeinstein 3D”, também da id, “Doom” conta a história de um portal do inferno aberto em uma estação marciana.

O game logo chamou a atenção da crítica e do público por oferecer excelentes gráficos tridimensionais e uma brutalidade pouco vista até então. Para se ter uma ideia, o protagonista, conhecido como “Doom Guy”, tinha um belo arsenal à disposição como metralhadoras, lançadores de foguetes e rifles de plasma. Mas as armas mais queridas eram uma escopeta do tipo “pump-action” e uma delicada serra elétrica. Claro que todo esse poderio bélico tinha uma razão de existir. Em “Doom”, o jogador enfrentava hordas demoníacas e monstruosidades que só com armamento tão destruidor era possível da conta do recado.

O game ganhou versão para Super Nintendo, sendo um dos primeiros FPS a funcionar de forma condizente em um console. Com as vendas explodindo mundo afora, no ano seguinte a id publicou “Doom II – Hell on Earth”, que expandiu consideravelmente o tempo de jogo, com 30 estágios praticamente intermináveis.

Depois de conseguir sair do inferno marciano, o protagonista “Doom Guy” (não sei o motivo de a id não ter dado uma identidade para o mocinho) voltou para a Terra e descobriu que os demônios invadiram o planeta causando uma grande destruição. E coube a ele dar cabo nos capetões que devastaram o mundo. Com a mesmíssima jogabilidade do primeiro episódio, há quem considere que “Doom II” é apenas uma expansão do primeiro game.

Dois canos

Mas o grande destaque da produção, além da fartura de diabos para serem massacrados, era a escopeta de dois canos, que apesar de ter cadência lenta, era implacável para mandar qualquer “coisa ruim” de volta para o seu lugar, de onde não deveria ter saído.

DOOM (1)

O episódio também oferecia recurso multiplayer, via modem discado. Era um verdadeiro martírio conseguir que a conexão fosse estabelecida, mas em alguns mercados funcionava bem. Por aqui, onde a grandíssima maioria das cópias eram piratas a experiência de poder jogar contra outra pessoa à distância era ficção científica. “Doom II” ganhou uma versão para GameBoy Advance, que por incrível que pareça, oferecia boa qualidade gráfica e jogabilidade. Até mesmo a trilha sonora mantinha a mesma qualidade do original para PC.

Doom 3

Para comemorar os 10 anos da franquia, a id, que tinha encerrado o projeto “Doom” para dar início à série “Quake”, resolveu marcar a efeméride com um título impecável. “Doom 3” chegou ao mercado em abril de 2004, poucos meses após o aniversário. Mas isso não foi problema, pois o game era fantástico. Minto, ainda é fantástico! Os produtores da id criaram uma verdadeiro calabouço de terror psicológico, com cenários escuros, ruídos assustadores e monstruosidades que surgiam do nada para testar se o sistema coronário dos jogadores estava em pleno funcionamento.

DOOM (2)

Nesse game o enredo foi melhor explicado e faz uma espécie de reebot da série. O jogo conta a história de um fuzileiro colonial a serviço da União Aeroespacial, destacado para servir na estação de Marte. Sua primeira missão era encontrar um engenheiro que estava desaparecido pelas instalações. A partir daí uma série de fenômenos acontecem e o local se transforma em um verdadeiro inferno. O jogador precisa coletar informações por meio de notas, áudios e demais dados que são fornecidos pelos PDAs dos mortos encontrados pelo caminho. As informações, além de oferecer dados relevantes sobre a narrativa, também ajuda o jogador a encontrar itens como munição, blindagem e armas. Graficamente o game agrada ainda hoje, mas para época era uma verdadeira obra de arte.

DOOM (4)

Para deixar o título ainda mais perturbador os produtores deram uma lanterna para o fuzileiro, mas só poderia ser utilizada se ele abaixasse sua arma. Ou seja, ou o jogador via quem iria matá-lo ou saia atirando no escuro. O sucesso do game foi tamanho, que o estúdio não demorou para publicar a expansão “Doom 3: Resurrection of Evil”, que expandia o sofrimento do jogador por mais algumas horas de tortura mental.

O próximo episódio é aguardado para o ano que vem, quando a id, que hoje está sobre o comando da Bethesda, publicará um novo game da série “Wolfeinstein”, cotado para março. Mas ainda não há data definida para “Doom 4”. E para quem nunca jogou nenhum episódio de franquia, vale investir alguns mangos em “Doom 3: BFG Edition”, lançado para Xbox 360 e PlayStation 3, que agrega o terceiro game, a expansão “Resurrection of Evil”, além do conteúdo inédito “The Lost Mission”. Simplesmente imperdível!

Ps. A série ganhou um longa-metragem, em 2005, que vamos ignorar para não estragar o artigo!


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